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Houve uma época, na segunda metade dos anos 90, em que saía à noite sempre com o mesmo plano: ir ao Ciclone, às noites da Cooltrain Crew. Éramos cinco ou seis, rapazes e raparigas, e quase sempre os primeiros a chegar, ainda antes da meia noite, se conseguíssemos. Entrávamos com a sala vazia e escolhíamos sempre o mesmo canto, com muito espaço para as malas e casacos que rapidamente despíamos. Na altura eu não falava com os Djs, pensava que dizer "boa noite" já era distrai-los de escolher o disco que queriam tocar a seguir e do controle da mesa de mistura, por isso, alguns olhares e sorrisos tímidos bastaram para criar uma espécie de cumplicidade muda, em que ninguém dizia nada mas toda a gente se percebia: eles tocavam os discos que os excitavam, nós, ávidos, tentávamos dançar sem tropeçar (e até acreditávamos que, quando tropeçávamos, ninguém percebia, tão empenhados estávamos...). Durante quase uma hora era tudo nosso! Nessa altura, 1997-1998, o drum'n'bass era a coisa mais nova, fresca e revolucionária que tinha acontecido à musica de dança e a Cooltrain Crew pegou na bandeira e esfregou-a na nossa cara sempre que teve oportunidade. Cada um dos elementos tinha um estilo particular: O Vitor era jornalista, já tinha uma selecção abrangente que se desviava do d'n'b, o Rui, notava-se bem que gostava de soul, o Tiago era mais nervo e imprevisto, o Dinis pulso e precisão, o Nuno atirava certeiro à pista e o Johnny, mais radical, disparava no volume de som e em todas as direcções. Do drum'n'bass mais atmosférico, ao mais neura, dos fundamentos do jazz e soul, à ciência breakbeat mais desconstrucionista, do passado ao presente e futuro, ao som da Cooltrain Crew aprendi a soltar-me na pista com grooves e moves novos, habituei-me a dançar comigo mesma e com os outros, sob luz ténue, de olhos fechados, a sentir os baixos na pele e o suor no rosto. Claro que a Cooltrain Crew fazia parte de toda uma dinâmica cultural e musical que incluía outros DJs e divulgadores e comunicação, efectiva e afectiva, entre cidades como Lisboa, Porto, Londres, Paris ou Barcelona. Foi essa dinâmica que alimentou o crescimento do que chamamos club culture e, na verdade, levou a que cada um dos fundadores da Cooltrain seguisse caminhos próprios. Até o drum'n'bass seguiu vários caminhos... No Lux, por uma noite, voltamos todos a estar juntos, também com MC Knowledge e com Fabio, uma das grandes lendas do d'n'b britânico. Let's celebrate The Rebirth of Cool! - Isilda Sanches

Calendario

Jueves, 17/01, 2019 23:45 - 06:00

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Av. Inf. D. Henrique, armazém A, Cais da Pedra a Santa Apolónia

Santa Apolónia, Lisboa 1950-376

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