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12-02-2020 09:00

Um sonho, um luxo, uma surpresa inesperada. Estas são apenas algumas das palavras que poderiam definir a forma como foi recebido o anúncio de que o festival Rolling Loud assentaria em Portugal, mais concretamente em Portimão, de 8 a 10 de julho. Tendo em conta os nomes revelados para o seu cartaz, a estreia não poderá ser mais auspiciosa: A$AP Rocky está lá, Gucci Mane idem aspas, a dupla Rae Sremmurd também, e nomes como Lil Uzi Vert, Chief Keef ou Meek Mill deixaram muito boa gente a salivar. Nunca Portugal, país onde boa parte das pessoas que gostam de música ainda estão presas ao rock n' roll (sobretudo ao rock dos anos 90), recebeu um festival de hip-hop assim. Dizemos “Portugal”, mas poderíamos ter dito “o Mundo” em 2015, quando o Rolling Loud conheceu a sua primeira edição em Miami. Mesmo que não pensemos nesta grande cidade da Florida quando o assunto é o cânone hip-hop (Nova Iorque ou Los Angeles estão muito mais lá em cima), os seus contributos para o movimento são por ora conhecidos: foi aqui que nasceu o género conhecido como Miami bass, o rap sexualmente explícito dos 2 Live Crew e, nos últimos anos, rappers que brotaram da Internet para o estrelato, como Lil Pump. Se dantes a história era uma nota de rodapé, Tariq Cherif e Matt Zingler, dois jovens promotores locais, procuraram torná-la numa enciclopédia. Primeiro, testaram as águas: fundaram a Dope Entertainment e organizaram, desde 2010 e por toda a Florida, concertos de rappers como Curren$y, Rick Ross ou Kendrick Lamar. Os lucros obtidos, à altura, não foram os maiores (e até havia avultados prejuízos, pelo menos para a carteira comum). Mas Cherif e Zingler ganharam mais do que dinheiro: ganharam a consciência de que, neste estado, existia um vasto público – ou mercado – interessado em ver concertos de hip-hop. O Rolling Loud veio, por isso, preencher um espaço vazio. E não é à toa que se auto descreve como “o maior festival de hip-hop do mundo”, até por ser algo praticamente único. E por ter passado, desde a sua primeira edição, por um crescimento brutal: em 2015, cerca de 6 mil pessoas assistiram a concertos de artistas como Schoolboy Q, Juicy J ou Action Bronson. Em 2017, esse número já se cifrava nos 40 mil, esgotando entradas e mudando-se para um local mais amplo. Ou, como escreveu o jornal Miami New Times, em 2018: «foi como se um miúdo crescesse 1,20m e passasse do infantário para a faculdade em apenas dois anos». O que é melhor, fá-lo sobretudo através da perseverança e lealdade dos fãs, com a venda de bilhetes e não com altos patrocínios de grandes marcas (que também existem, mas não são eles que mantêm o festival de pé). É também por isso que os preços dos bilhetes serão algo proibitivos. O passe geral para a edição portuguesa ronda os 179,37€, número que sobe para 210,47€ caso os festivaleiros decidam adquiri-lo em três prestações. Já para não falar das entradas VIP, que chegam aos 299,47€, e que podem alcançar os 913€ caso se opte por uma estadia incluída num hotel de luxo.

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